Auditores-Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro realizaram ação fiscal na Cidade do Samba, no Centro do Rio, nesta quarta-feira, 31 de janeiro. Os Auditores apuraram denúncias de irregularidades trabalhistas, como, atraso de pagamento de salários, jornada excessiva, falta de vale transporte e benefícios e falta de carteira assinada. A operação percorreu os barracões de todas as escolas. Na Unidos da Tijuca e no Salgueiro, algumas pessoas trabalhavam sem registro.
Durante a ação, os Auditores informaram que houve uma tentativa de “embaraço” em uma ação fiscal no dia 23 de janeiro deste ano. Um responsável da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) teria tentado impedir a entrada da equipe.
“A motivação específica dessa ação de hoje foi uma fiscalização em uma única escola, em que sofremos um embaraço. A equipe não conseguiu fazer a ação fiscal. Voltamos hoje e aproveitamos para fazer todas as escolas em um único dia, com apoio da Policia Federal”, explicou a Auditora-Fiscal do Trabalho Bárbara Carvalho.
Ao entrar na área de uma das escolas, os Auditores-Fiscais não encontraram os trabalhadores do barracão que já tinham deixado o local pela saída de emergência.
Na ocasião, apesar da equipe ter sido atendida na maioria das escolas de samba nesta quarta, em pelo menos duas houve problemas. Em uma delas, a porta estaca trancada, o que impediu o acesso. Na outra, os empregados correram do barracão com a chegada dos Auditores-Fiscais. “Não conseguimos fiscalizar totalmente duas escolas. Em uma delas, os trabalhadores foram orientados a se evadir dela”, afirmou a Auditora.
Diferentes documentos foram apreendidos durante a fiscalização, e as agremiações já têm um prazo para entregar para a Auditoria Fiscal do Trabalho. “Notificamos para entregas de documentos no dia 7 de fevereiro. Vamos continuar fazendo análise dos documentos que apreendemos, como, registro de jornada e outros registros”, finalizou Bárbara Carvalho.
